Definição de febre reumática | Complicação tardia, não supurativa que ocorre 2-3 semanas após infecção das vias aéreas superiores por EBHA
mais comum dos 5-18 anos |
Artrite da FR | Poliartrite (mais de 5)
Migratória (a 2ª geralmente é comprometida após a melhora da 1ª)
Curta duração (3-4 dias)
Assimétrica (difícil ter os 2 lados acometidos de uma vez)
Grandes articulações
Dor desproporcional ao processo inflamatório
Excelente resposta a AINES
Acometimento axial incomum
Artropatia de Jaccoud |
Acometimento extra articular da FR | Cardite
Coreia de Sydenham
Nódulos (relação com cardite ativa)
Eritema Marginatum |
Cardite na FR | EBHA pode afetar qualquer folheto, mas o endocárdio é o mais cometido
Valva mitral é a mais acometida
Pericárdio: pericardite em pão com manteiga - nódulos de Ashoff |
Fisiopatologia de problemas cardíacos na FR | Anticorpos fixos na valva aumentam a expressão de VCAM I, causando aumento de quimiocinas, macrófagos e neutrófilos, então há inflamação, destruição tecidual e necrose, e por consequência fibrose formando vegetações assépticas incialmente. Essas vegetações assépticas por si só causam turbilhonamento do sangue, formando trombos e propiciando TVP e trombose. Ou ainda, os mesmos podem se contaminar e em procedimentos de grande potencial infeccioso como extrações dentárias e causar endocardite bacteriana. |
Caracterize a Coréia de Sydenham | Movimentos arrítmicos irregulares rápidos
Manifestação tardia da FR
Principalmente em meninas
Duração média de 3 meses
Predomínio distal das extremidades e face
Conhecida como "dança portuguesa": ao levantar os braços a criança levanta a mão para os lados
Imunidade humoral predomina causando inflamação dos núcleos da base, o que aumenta produção de DOPAMINA |
Eritema marginatum | POUPA FACE
lesão de pele eritematosa, centro claro e borda serpiginosa |
Tratamento: profilaxia primária (objetivo e medicação) | Erradicação do EBHA da orofaringe de qualquer pessoa e prevenir a FR
Penicilina benzatina em dose única
até 25kg: 600.000 UI
crianças com mais de 25 kg: 1.200.000 UI
Alternativa: penicilina oral 10 dias, em alérgicos pode usar eritromicina, azitromicina ou claritromicina |
Tratamento: profilaxia secundária (objetivos e medicamentos) | Ofertada a pacientes que já apresentaram FR a fim de evitar recorrências, mantendo uma concentração mínima de ATB
Áreas endêmicas: 3 em 3 semanas
Duração: - FR sem cardite: até 21 anos ou 5 anos pós surto
- FR com cardite sem sequelas: até 25 ou 10 anos pós
- FR com cardite e sequelas: até 40 anos ou 10 pós |
Desafio para criar vacina da FR | O desafio é selecionar uma porção do material genético da bactéria que seja antigênico, mas que não seja epítopo compartilhado com nosso organismo (teoria dos epítopos compartilhados ou mimetismo molecular) |
TTO dos sinais e sintomas FR | Artrite: AAS ou outro AINES por 4-6 semanas
Cardite: prednisona com dose alta por 10-14 dias com regressão gradual até 8-12 semanas
Coréia: ácido valproico, haloperidol, clorpromazina, fenobarbital, repouso relativo e ambiente tranquilo (cuidado com impregnação pois causa o sintoma tratado) |
Artropatia de Jaccoud | Desvio ulnar redutível dos dedos por frouxidão ligamentar pós surtos repetidos de artrite (não há erosão óssea) |
Cepa de EBHA que deflagra FR em indivíduos susceptíveis: | Cepas reumatogênicas relacionadas a proteína M, em indivíduos com fatores genéticos de susceptibilidade genética como HLA DR7 e DR53 |
Por que a FR não é doença autoimune? | A FR não é autoimune, pois não a há produção de anticorpos direcionados ao organismo, eles foram foram produzidos contra o agente infeccioso e passam a atacar os tecidos saudáveis por predisposição genética. Não há quebra da tolerância. |
Exames laboratoriais para FR | Infecção prévia: ASLO, cultura +
Atividade inflamatória: PCR, VHS e alfa glicoproteína 1 |
Critérios de Jones para diagnóstico de FR | Se houver evidência de estreptoccocia (cultura + ou ASLO)
1º surto: 2 maiores ou 1 maior + 2 menores
Recidiva de FR: 2 maiores ou 1 maior + 2 menores ou 3 menores
maiores: artrite, cardite, coréia, nódulos subcutâneos e eritema marginatum
menores: febre, artralgia, VHS e PCR, aumento do PR no ECG |
Definição de Artrite Reumatóide | DRIM (doença reumatológica imunomediada), sistêmica, crônica, de ETIOLOGIA DESCONHECIDA, mas mecanismo autoimune.
Mais comum em mulheres 3:1 |
Caracterize a artrite da AR | Poliartrite crônica e progressiva
Erosiva
Simétrica
Aditiva
Inflamatória (rigidez matinal prolongada e melhora com exercício físico)
Evolui com deformidades e incapacidade
Punhos e Metacarpofalangenas 100%
IFP 95%
Joelhos e cotovelos 80%
Tornozelos, tarso e metatarsofalangeanas 60%
Ombros e coxofemorais 40% |
Artrite reumatóide poupa | Artrite reumatóide poupa articulações metacarpofalangeanas distais |
Sintomas forma clássica (prodrômico e sintomas gerais e sugestivos) | Prodrômico: artralgias, dor em aperto nas mãos, dormência das extremidades, sensação de inchaço
Sintomas gerais: febre baixa, astenia, adinamia, inapetência, emagrecimento leve
Sugestivos: rigidez matinal prolongada, artrite cística borrachóide, artrite de pequenas e grandes articulações concomitante (aditiva) |
O período prodrômico na forma clássica de AR pode | Durar semanas, meses ou até anos |
Fator de risco modificável mais importante da AR | Tabagismo |
Tratamento AR | AINES, analgésicos, corticóides (VO, intra articular), DMARDs e biológicos
DMARDs: Metotrexato, se não houver melhora por 3 meses iniciar > Hidroxicloroquina, leflunomida e sulfassalazina, sem melhora por 6m > 1º imunobiológico, 6m sem melhora > 2º imunológico... |
Laboratório de AR | anemia normo normo, ferritina alta, VHS, leucocitose e plaquetose
FR (+ em 75%, não obrigatório)
anticorpo anticitrulínico ACPA (+ em 50%, não obrigatório) |
Manifestações extra articulares de AR | Olho
Pele
Pleura
Pericárdio |
Caracterize dor inflamatória | Início abaixo dos 40 anos
Rigidez matinal prolongada
Duração maior que 3 meses
Não melhora com repouso
Melhora com movimento
Responde a AINES
Início insidioso
Dor noturna (despertar)
Dor em sacroilíacas
Perda da mobilidade da coluna em todos os planos
Expansibilidade torácica diminuída
Déficit neurológico incomum |
Caracterize dor mecânica | Qualquer idade, mas geralmente avançada
Início agudo
Duração menor que 4 semanas
Rigidez matinal < 30 minutos
Sem despertar noturno por dor
Exercício piora
Repouso melhora
Sem dor em sacroilíacas
Déficit neurológico possível |
mudanças na curvatura da coluna na espondilite anquilosante | retificação da lordose lombar
acentuação da cifose torácica
retificação da lordose cervical com projeção da cabeça para frente
associada a semiflexão do joelho = postura do esquiador |
Alterações RX espondilite anquilosante | Anquilose: adesão anormal da articulação
Sindesmófitos delicados: pontes ósseas formadas pela ossificação dos ligamentos longitudinais anteriores da coluna (coluna em bambu)
Entesófito ou esporão: calcificação óssea da êntese
Osteoporose pela imobilização |
Comprometimento oftalmológico da espondilite anquilosante | Uveíte anterior não granulomatosa
unilateral e recorrente
mais comum em pacientes HLA B27+ |
Tríade de Reiter | Artrite + uretrite não gonocócica + conjuntivite não bacteriana |
Artrite das espondilites | Oligoartrite
Assimétrica
Entesite
MMII
Dactilite (tendões flexores e extensores) |
Sacroileíte da anquilosante e Reiter | Na espondilite é bilateral simetrica
Na Reiter é assimétrica |
Critérios de NY para espondilite anquilosante | 1 clínico + 1 radiológico
Dor lombar de caráter inflamatório > 3 meses
Limitação de movimento da coluna lombar
Diminuição da expansibilidade torácica |
Caracterize a dor da Osteoartrite | Dor mecânica:
Rigidez matinal fugaz (< 30 min)
Duração < 6 semanas
Sem sintomas sistêmicos, pode apresentar déficit neurológico
Dor piora com exercício
Melhora com repouso
Não responde bem a AINES
Início agudo
Sem despertar noturno e sem dor sacroilíaca |
Pannus reumatóide | membrana sinovial hipertrófica e hiperplásica inflamada, que invade o espaço da articulação e causa erosão da cartilagem e do osso (achado macroscópico da AR); possui tecido granuloso |
Tofo gotoso | Nódulo endurecido pela deposição de MSU compactados (microcristais de monourato de sódio) + DNA extracelular |
Papel da colchicina no tratamento da Gota | Inibe a formação do inflamassoma NALP3 |
Agentes anti hiperuricêmicos (ULT) e tto gota | Uricostáticos: inibidor da xantina oxidase (alopurinol e febuxostato)
Uricosúrico: benzobromarona, losartana
Uricolíticos: gota refratária
TTO: ULT + AINE baixa dose ou colchicina (previne quadro de gota aguda); dieta, cessar alcoolismo, trocar medicação
Profilaxia intercrise: AINE ou colchicina
Gota tofácea crônica: ULT |
Definição do LES | Doença inflamatória crônica, autoimune, incurável, com períodos de atividade e remissão. A doença causa a formação de auto anticorpos antinucleares levando a clínica variável.
Mais frequente em mulheres em idade reprodutiva pela ação estrogênica sobre a autoimunidade, enquanto androgênios favorecem a imunossupressão. |
Sintomas constitucionais do LES | Fadiga, mal estar, fraqueza, falta de apetite e febre |
órgãos mais acometidos pelo LES | Articulações
Pele
Pulmão
Coração
Sangue
Rins
Sistema Nervoso |
Pele no LES | Eritema malar: bilateral, sobressalente, pruriginoso, preserva bigode, róseo/avermelhado
Fotossensibilidade: reação imunológica ao sol
Úlceras orais e nasofaríngeas: vasculites
Lesões discóides: lesões crônicas em áreas expostas ao sol
Alopécia: associada a lesão discoide
Vasculite |
Articulações pelo LES | Artralgia
Artrite não erosiva, periférica, intermitente (diferente da AR) e migratória (como a FR e diferente da AR)
Artropatia de Jaccoud |
Sangue no LES | Anemia hemolítica (hemólise grave devido anticorpos)
Plaquetopenia (grave, pode estar associada a SAF, responde a altas doses de corticóide)
Leuco/linfopenia: menos grave |
Rim no LES | Glomerulonefrite/ nefrite lúpica: deposição de imunocomplexos
Cursa com síndrome nefrítica, nefrótica ou acidose tubular renal
Classificação da Nefrite lúpica:
I- NL mesangial mínima
II- NL mesangial proliferativa
III- NL focal
IV- NL difusa (mais comum e mais grave; cilindrúria e proteinúria)
V- NL membranosa
VI- NL esclerosante avançada |
Fatores LES | Genéticos: deficiência da produção de complemento (C1q, C4a, C4b, C2)
Hormonais: maior exposição a estrógenos (ACO, menarca precoce TRH)
Ambientais: sol, estresse, agentes infecciosos
Imunológicos: perda da tolerância imunológica |
Autoanticorpos no LES e correlações clínicas
Anti DNA nativo dupla hélice | Mais característico, presente em 70-75% dos casos, NL difusa (IV) |
Anti Sm | mais específico, pouco sensível |
novos critérios classificatórios de LES | presença de 4 critérios com pelo menos um clínico e um imunológico
cuidado critério classificatório não é critério diagnóstico |
11 critérios clínicos LES | 1- Lúpus cutâneo agudo ou subagudo (eritema ou fotossensibilidade)
2- Lúpus cutâneo discóide (crônico)
3- Úlceras orais ou nasais (poupa bigode)
4- Alopecia sem cicatriz
5- Sinovite em 2 ou mais articulações ou dor articular com rigidez matinal
6- Serosite (derrame pleural ou pericárdico)
7- Acometimento renal (NL, proteinúria ou cilindrúria)
8- Acometimento neurológico (convulsão, psicose, neuropatia periférica)
9- Anemia hemolítica
10- Leucopenia ou linfopenia
11- Trombocitopenia (plaquetopenia) |
6 critérios imunológicos LES | 1- FAN reagente (autoanticorpos; exceto pontilhado fino denso)
2- Anti DNA (NL)
3- Anti Sm (especificidade)
4- AAFs (anticoagulante lúpico, anticardiolipina, antibeta 2 ou VDRL falso positivo
5- C3, C4 e CH50 baixos (complemento)
6- Coombs direto na ausência de hemólise |
Dor vertebral é mais comum entre: | L4-L5
C5-C6 |
Red flags das dores na coluna | Tumores: idade > 50 ou < 20 anos; HF de CA; emagrecimento, febre, dor em repouso, imunossupressão, drogas IV, or óssea localizada, dor visceral7
Fraturas: trauma (menores em idosos)
Déficit neurológico: anestesia em sela, disfunção esfincteriana, déficit progressivo ou grave em MMII |
Diagnóstico de OP | Avaliação clínica e exames com os parâmetros:
- T score <= -2,5
- Fratura por fragilidade em quadril
- Osteopenia com fratura por fragilidade vertebral, úmero proximal, rádio D, pelve
- Risco elevado pelo FRAX |
Dê 5 indicações de densitometria óssea | 1. Mulheres > 65 anos, homens > 70 anos a cada 2 anos
2. Mulheres > 45 anos com deficiência estrogênica
3. Mulheres peri/pós menopausa com fator de risco (tabagismo, HF)
4. Mulheres com amenorréia secundária há mais de 1 ano
5. IMC < 19 kg/m2 |
Fatores de risco imutáveis para OP | Fatores maiores / imutáveis:
sexo feminino
baixa massa óssea (DMO)
etnia (caucasianos e asiáticos)
história prévia de fratura
idade avançada em ambos os sexos
história familiar de osteoporose e/ou fratura
menopausa precoce não tratada
tratamento com glicocorticóides |
Fatores de risco mutáveis para OP | Fatores menores / mutáveis:
alcoolismo, tabagismo
baixo peso (IMC < 19)
deficiência de vitamina D
sedentarismo
baixa ingestão de cálcio na dieta
amenorréia / hipogonadismo primária e secundária
imobilização prolongada |
Utiliza-se o T score para comparar valores densitométricos do paciente com um adulto jovem, indicado para pacientes: | Utiliza-se o T score para comparar valores densitométricos do paciente com um adulto jovem, indicado para pacientes: IDOSOS |
Utiliza-se o Z score para comparar valores densitométricos do paciente com um da mesma idade, indicado para pacientes: | Utiliza-se o Z score para comparar valores densitométricos do paciente com um da mesma idade, indicado para pacientes: ZOVENS |
Definição de OP | Doença esquelética sistêmica que se caracteriza pela diminuição da massa óssea (densidade) e pela desorganização da microarquitetura do tecido ósseo. Isso leva a um comprometimento da FORÇA óssea causando fragilidade óssea e susceptibilidade a fraturas. |
Hormônios de OP | PTH: estímulo contínuo causa reabsorção óssea (perda óssea por hiperparatireoidismo); estímulo intermitente causa formação óssea (por inibição da SOST ~teriparatida)
Estrogênio: aumenta OPG, diminuindo a ativação de osteoclastos, reduzindo assim a reabsorção óssea
Testosterona: promove formação óssea e confere pouca proteção – tem grande poder anabólico, sendo um dos fatores responsáveis pela reserva óssea do sexo masculino ser maior que a do feminino
Cortisol: endógeno é benéfico para a saúde óssea, exógeno é danoso
Glicocorticoide: diminuição crônica da formação óssea, perda de osteócitos e aumento transitório da reabsorção |
Lombalgia comum | 20-40 anos
acomete mais homens
Agrava-se durante o dia
Imagem sem alterações
TTO: analgésico, relaxante muscular e repouso |
Estenose de canal lombar | Maiores de 60 anos
Dor nas pernas a deambulação, melhora quando senta ou quando flexiona o corpo para frente (não aguenta ficar em pé)
RNM e TC
TTO: cirurgia se dor incapacitante, AINES, fisio e infiltração com corticóide |
Melhor exame para hérnia lombar | RNM |
Hérnia de disco TTO | Repouso, analgésico e corticoide; cirurgia em dor intratável |
Síndrome de Barre Liou (espondilose cervical) | Parestesia em face, borramento da visão, vertigem sem perda de consciência, NÃO HÁ DESMAIO, queda em desmonte
Analgésico e AINES |